Um convite à memória, aos gestos e às tradições

O casamento sempre ocupou um lugar de destaque nas colônias italianas que se formaram na Serra Gaúcha a partir do final do século XIX. Muito além de uma cerimônia religiosa, o matrimônio era um momento de forte valor simbólico: unia famílias, reafirmava costumes trazidos da Itália e marcava o início de uma nova etapa da vida.

A exposição “O matrimônio e o enxoval na imigração italiana” convida você a descobrir e refletir sobre essas representações. As peças expostas — roupas, fotografias, buquês, registros civis e itens do enxoval — contam histórias de amor, fé, trabalho e pertencimento.
Aqui, cada objeto carrega uma memória. Uma camisola de núpcias feita pela noiva com delicadeza. Um sapato comprado com economia, pensado para ser usado depois da cerimônia. Uma toalha bordada ao longo dos anos como parte do enxoval. Um retrato de casamento tirado em estúdio, que eterniza um momento especial.

Esses elementos falam da importância dos casamentos como ritos de passagem. Eles mostram como os costumes familiares e religiosos se mantiveram vivos mesmo em meio às dificuldades do novo país. Ao mesmo tempo, revelam como mulheres, muitas vezes com apoio de outras mulheres da família ou da comunidade, se preparavam com cuidado para esse momento — costurando, bordando e sonhando.

Mais do que observar, convidamos você a pensar sobre o que essas peças representam. Como o casamento era visto naquela época? Que papel tinham o enxoval, a família e a fé nesse momento? E quais dessas tradições ainda ecoam em nossos dias?
A exposição é também uma homenagem às gerações que construíram suas histórias em solo brasileiro sem esquecer de onde vieram. Ao caminhar por essas memórias, esperamos que você se sinta parte dessa história — feita de pequenos gestos, grandes afetos e muitas costuras entre passado e presente.

A mostra conta com a curadoria do artista visual Ademir Gugel.

Confira as imagens abaixo

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